Agostinho: contemporâneo de todas as gerações

16/05/2018 18:00
Agostinho de Hipona, contemporâneo de todas as gerações
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Santo Agostinho (354-430)
 
Agostinho de Hipona (em latim: Aurelius Augustinus Hipponensis) viveu na passagem da Antiguidade Tardia para o início da Idade Média. Ficou conhecido mundialmente como Santo Agostinho, sendo um importante filósofo e teólogo. Nasceu em 354, na pequena cidade de Tagaste de Numídia, na época uma província romana, atualmente a moderna Souk Ahras, na Argélia, norte da África, e morreu em 430 em Hipona, na atual Annaba, também na Argélia, cidade onde foi consagrado bispo no ano de 396.
 
Devido ao seu destacado desenvolvimento intelectual que culminou no seu esforço para conjugar a sabedoria revelada [por Deus] com o conhecimento racional, Santo Agostinho influenciou enormemente a Igreja, a cultura medieval e ocupou importante posição no pensamento filosófico ocidental. Consagrou-se assim que “Santo Agostinho é contemporâneo de todas as gerações.[…] o seu pensamento decidiu os caminhos da cultura ocidental, e nela continua ao mesmo tempo incorporado, […]” (cf.  PINHEIRO, 2006, p. 9).
 
Aos dezesseis anos migrou para Cartago para estudar, onde durante três anos se dedicou ao estudo e à leitura de livros, entre os quais destaca-se o Hortênsio de Cícero, que o impressionou profundamente. Aos 20 anos volta a Tagaste como professor, com uma mulher e um filho, Adeodato. Depois leciona em Roma e a seguir vai para Milão, onde ganha a cátedra de retórica da casa imperial. Nessa cidade ensina retórica durante oito anos.
 
As principais obras de Santo Agostinho, do ponto de vista filosófico, são: Confessiones (Confissões); Retractationes (Retratações); Contra Academicos (Contra os acadêmicos); De beata vita (A vida feliz); De ordine (A ordem); Soliloquia (Solilóquios); De Immortalitate animae (A imortalidade da alma); De quantitate animae (A grandeza da alma); De musica (A música); De magistro (O mestre); De vera religione (A verdadeira religião); De libero arbitrio (O livre-arbítrio); De Trinitate (A trindade); e De civitate Dei (A cidade de Deus). 
 
Embora iniciado desde a infância nas verdades cristãs pela sua mãe incomparável, Mônica, que ele havia de imortalizar nas Confissões, uma de suas mais importantes obras, Agostinho não foi cristão durante toda a vida. Ele veio a sucumbir ao ambiente pagão de professores e companheiros, e por isso esteve entre muitas correntes filosóficas e religiosas antes de se converter ao cristianismo. A mãe, impotente para o dominar aos dezesseis anos, pedia-lhe que ao menos não cometesse adultérios. Durante a adolescência de Agostinho até o seu batismo (em 387, quando ele tinha 33 anos), Mônica vivia entre lágrimas, lamentando a vida de “heresias” do filho, e orava fervorosamente para que ele encontrasse a “verdadeira fé”. Posteriormente, a mãe de Santo Agostinho também veio a ser considerada como santa pelos católicos, não por causa de milagres ou de martírio, mas por ter sido, segundo a Igreja, a responsável pela conversão de seu filho.
 
Antes de sua conversão, Agostinho de Hipona seguiu o estoicismo e o maniqueísmo. Este último era uma seita religiosa bem típica da Antiguidade Tardia, uma doutrina de salvação meio religiosa, meio filosófica, que afirmava como seu ponto central que o mundo era dividido em uma bipolaridade cósmica entre o bem e o mal (e também entre a luz e a treva, o espírito e a matéria), ambos compreendidos como princípios cósmicos eternos que se fariam presentes nos diversos seres do universo e que estariam em constante luta um contra o outro. Mas essa divisão muito bem dividida entre o bem o mal não deixou Agostinho em paz. Esse  foi um tema que o intrigou muito, e por isso, quando jovem, ele se ocupou bastante em estudar o que chamamos de “o problema do mal”, que é como nos referimos à pergunta sobre a origem do mal.
 
Após a aceitação da doutrina cristã, Agostinho pôde entender que não seria possível o “mal” ser uma substância que se apresenta no mesmo patamar da realidade divina. Aliás, para o hiponense, o mal não poderia nem mesmo ser uma substância. Assim, ao contrário do que pregavam os maniqueus, Santo Agostinho negava a existência substancial do mal, admitindo somente o Bem (identificado com Deus) como a substância primordial de todas as coisas. Sendo assim, como seria possível conciliar a existência do mal com a divindade, já que em Deus está o princípio, e consequentemente, a causa de todas as coisas? Qual é a explicação para o aparecimento do mal no mundo se Deus é bom? Este é um problema que apareceu na obra agostiniana O livre-arbítrio,  na qual o bispo de Hipona explicou o mal como ausência, ou privação do bem. Dessa forma Agostinho abraça o neoplatonismo, já que como Plotino, ele dizia que o mal é o “afastamento de Deus”. O mal não tem existência autônoma, é algo que não existe por si, pois tudo o que Deus cria é bom, e se o mal apareceu no mundo, a responsabilidade é do livre-arbítrio do próprio homem. 
 
Assim é o mal na sua origem: consequência do livre-arbítrio humano. O homem escolheu o “não ser”, o mal, amando especialmente a si próprio e esquecendo-se de amar a Deus sobre todas as coisas. Ao usarem o livre-arbítrio para cometer o pecado original, os primeiros homens criados (representados por Adão e Eva) afastaram-se de Deus e perverteram a natureza da humanidade, inscrevendo o mal (ausência de bem) e a culpa em todas as gerações subsequentes de seres humanos. É o livre-arbítrio do homem, portanto, a causa do mal. Em compensação, também da liberdade humana procede a salvação, isto é, o retorno do homem ao Deus criador, muito embora a vontade humana por si só já não seja o suficiente para tanto. Os homens podem ser salvos desde que aceitem sua responsabilidade no pecado original dos primeiros homens e se arrependam de seus erros, aceitando a misericórdia concedida por Deus para toda a humanidade por intermédio de um plano de salvação que se deu pela vinda de Jesus Cristo. A redenção dos homens se dá, portanto, na concessão da graça divina que, conforme o bispo de Hipona, corrige o livre-arbítrio, redirecionando-o ao caminho do bem, contemplação esta, porém, que não se estende a todos os seres humanos, aplicando-se apenas aos predestinados por Deus, os quais, tocados pela graça divina, retornam à felicidade.
 
Dependemos da misericórdia de Deus porque segundo Agostinho ninguém seria merecedor de salvação. Os homens salvos seriam escolhidos por Deus, ou seja, isso já estaria determinado. Existe então a ideia de predestinação em Santo Agostinho, porém, ele não nega o livre-arbítrio, o que acontece na verdade é que, no entendimento agostiniano, existe a noção de “presciência” na natureza divina, isto é, Deus tem a capacidade de “antever” como seria nossa vida.
 
A conversão ao cristianismo possibilitou a Agostinho também perceber os erros da concepção monista do estoicismo, ou seja, segundo essa corrente filosófica, só existe uma única substância para todas as coisas. É o que chamamos de “panteísmo”, isto é, “tudo é Deus”. Porém, para o hiponense, Deus não é a Terra, como não é qualquer das múltiplas coisas que nela habitam. As montanhas, os desertos, as florestas, as planícies, os mares e os continentes não são Deus. Não são Deus os insetos, os répteis e nenhum de todos os outros animais que vivem. Deus não é o céu, os astros celestiais, o Sol e a Lua. Como por fim, do mesmo modo não o é a humanidade. Todos os seres, animados e inanimados são, isto sim, criação de Deus. Ele é, então, o criador de tudo o que existe. Portanto, Agostinho defendia a ideia de que a substância divina é diferente de todas as outras realidades. Quer dizer, peixes, ovelhas e homens, bem como todos os outros seres que quiséssemos nomear, possuem um ser que lhes foi dado por Deus, mas não se trata de um ser completo, pois Ser Supremo é o próprio Deus. Sendo assim, o ser humano não é Deus, mas foi criado à Sua imagem e semelhança. Foi assim que Agostinho de Hipona passou a pensar. Então, depois de passados muitos anos, veio finalmente a reconhecer o quanto essas doutrinas filosóficas eram arbitrárias e falsas.
 
Decepcionado com o que identificava como insuficiências e antagonismos da doutrina maniqueísta, Agostinho cai desesperadamente no ceticismo filosófico, entregue ao mais desolado vazio da alma. Então, aproximou-se do catolicismo, sobretudo por intermédio de seus contatos com o bispo de Milão, Santo Ambrósio (340-397), que exerceu intenso fascínio sobre seu espírito. A crescente intimidade com os textos sagrados removeu-lhe pouco a pouco a resistência que durante muito tempo apresentou ao Evangelho. Convencia-se do acerto da fé cristã, contudo, sem estar, em um primeiro momento, de acordo completamente a ela, e por isso, ainda se mantinha atado a alguns de seus hábitos mundanos. 
 
Foi então que, em um dia de agosto de 386, a angústia atingiu o seu limite. Agostinho estava em prantos no jardim de sua casa quando uma voz infantil teria soprado em seus ouvidos a necessidade de ler imediatamente as Sagradas Escrituras. Teria tomado então a Bíblia em suas mãos, abrindo-a em uma página qualquer: deparou-se com um trecho que ordenava o abandono da concupiscência (a cobiça ou apreço por bens materiais, assim como os prazeres sexuais) e a atenção para as coisas da alma. Decidido a converter-se integralmente, separam-se para sempre ele e a mulher, com quem de há muito vivia, e de quem lhe nascera Adeodato. Ele se retirou para a África e decidiu não cometer mais o pecado de amores homossexuais. Segundo PINHEIRO (2006, p. 10), Agostinho fez um voto a Deus de nunca mais se unir a homem nenhum. Por outro lado, o futuro bispo de Hipona abandonava para sempre a cadeira de professor, desejoso de viver unicamente para o estudo e vivência das verdades que têm como centro o próprio Deus.
 
Assim, Agostinho, contemplado com a graça divina, segundo sua própria explicação, havia se convertido definitivamente ao cristianismo. Batizou-se, foi ordenado sacerdote e rapidamente foi aclamado bispo de Hipona. A sua conversão foi tardia (por volta dos 33 anos). Antes disso procurava a verdade e a felicidade fora de si mesmo, nos prazeres do mundo externo, pois para Santo Agostinho é na nossa interioridade que Deus habita. Sobre isso escreveu:
 
Tarde te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! E eis que estavas dentro de mim e eu fora, e aí te procurava, e eu, sem beleza, precipitava-me nessas coisas belas que tu fizeste. Tu estavas comigo e eu não estavas contigo. Retinham-me longe de ti aquelas coisas que não seriam, se em ti não fossem (Confissões, X, XXVI, 38).
 
Assim que se converteu, Agostinho encontrou a paz: “porque tu nos fizeste para ti [Deus], e nosso coração está inquieto enquanto não repousar em ti” (Confissões, I, I, 1).
 
A conversão de Agostinho ao cristianismo foi marcada fortemente pelas ideias de Platão, e sobretudo pela segunda mais importante corrente filosófica da Antiguidade Tardia, ou seja, o neoplatonismo de Plotino (205-270), com o qual teve intenso contato. Logo, a passagem para a Idade Média cristã não representou uma ruptura dramática com a filosofia grega, já que muitos aspectos dela foram aproveitados por Santo Agostinho e por outros padres da Igreja para a nova era que estava surgindo. Em contrapartida, o caminho inverso também teria sido possível, quer dizer, o Antigo Testamento judaico (que também é considerado como parte das Sagradas Escrituras para os cristãos) também poderia ter influenciado a filosofia grega. Essa foi uma tese defendida por Agostinho, haja vista que, embora se tornasse completamente cristão, ele não via nenhuma contradição aguda entre o cristianismo e a filosofia de Platão. Ele achava que esta era tão semelhante à doutrina cristã que especulava se Platão não teria tido contato com algumas partes do Antigo Testamento. Isso é possível, pois como afirma MORESCHINI (2008, p. 14), a sabedoria hebraica é mais antiga que a filosofia grega. Sendo assim, não seria muito adequada a afirmação que Santo Agostinho teria “cristianizado” o platonismo. O que ocorreu é que as categorias básicas da filosofia grega foram utilizadas por Agostinho como uma armação a ser preenchida com o conteúdo cristão. A linguagem e os conceitos da filosofia grega, isto é, a fundamentação “racional” platônica (entre outras), foi um fator muito importante para o crescimento do cristianismo na época de Santo Agostinho, sendo essa muito útil para sustentar e explicitar a fé cristã. 
 
Embora tenha feito uma síntese entre a filosofia grega e a doutrina cristã, as afirmações agostinianas apontam para uma existência de uma fronteira que determina até onde a razão pode ir nas questões religiosas. O cristianismo é um mistério divino ao qual somente podemos chegar através da fé. Para Santo Agostinho, se acreditarmos no cristianismo, Deus “iluminará” nossa alma para que possamos descobrir uma espécie de conhecimento natural sobre Ele. 
 
As obras agostinianas mostram que nem todas as concepções da filosofia grega são passíveis de conciliação com o cristianismo. Por exemplo, Santo Agostinho foi enfático ao afirmar que Deus criou o universo a partir do nada (ex nihilo), e essa é uma ideia bíblica. Já os gregos estavam mais inclinados a dizer que o universo sempre existiu. Por outro lado, Agostinho procurou adaptar a teoria platônica das ideias de acordo com uma visão cristã. Quer dizer, para o bispo de Hipona, antes de Deus criar o universo e tudo o que nele existe, incluindo os seres humanos, essas “ideias” já estavam Nele. Agostinho transferiu a teoria das ideias de Platão para dentro de Deus e salvou desse modo essa concepção do platonismo. Se a ideia de homem já existia na mente divina, foi possível a ele negar a concepção de “reminiscência” (lembrança de vidas passadas) de Platão que ocorreria por causa da “metempsicose” (transmigração da psyché ou reencarnação), ou seja, ele pôde refutar a concepção da preexistência das almas humanas para defender a doutrina cristã da ressurreição dos corpos. Logo, a concepção grega de imortalidade da alma é diferente daquela defendida por Santo Agostinho. Segundo os gregos, a alma é imortal por natureza, pois ela sempre existiu, ao passo que, para os cristãos, a imortalidade da alma existe porque “participamos” dela em Deus, ou seja, no momento de nossa criação, Ele nos concede uma alma imortal. Tudo isso ilustra bem a extrema angústia de Agostinho e de muitos outros padres para conciliar a doutrina da Igreja com as ideias gregas e judaicas. Eles eram, de certa forma, cidadãos de ambas as culturas.
 
A teoria de salvação de agostinho é embasada na Bíblia. Ele aprofundou isso na sua obra-prima intitulada A cidade de Deus. A expressão “cidade de Deus” ou “reino de Deus” provém da Bíblia e das pregações de Jesus. Agostinho dizia que a história do homem não é nada mais que a história do conflito entre o “reino de Deus” e o “reino dos homens”. Os dois “reinos” não são Estados políticos com uma separação marcante entre si. Essa luta pelo poder ocorre dentro de cada indivíduo. É possível mais ou menos localizar o “reino de Deus” na Igreja, enquanto o “reino dos homens” está na noção de Estado; por exemplo, no Império Romano, que se dissolveu justamente na época de Agostinho.
 
O problema da felicidade situa-se no eixo da investigação agostiniana tanto quanto esteve no núcleo das preocupações das escolas filosóficas antigas. Obviamente o conceito de felicidade é reelaborado por Santo Agostinho nos parâmetros de uma filosofia cristã, no interior da qual a identifica como algo inscrito por Deus na memória do homem. 
 
Segundo Agostinho, há diferentes níveis de memória nos seres humanos, sendo sua manifestação básica a evocação de imagens (o que é externo) depositadas pela sensação (tato, olfato, paladar, visão e audição) no interior do homem. Essas são as “impressões”, e não os objetos em si. As cores, formas e sons são as qualidades dos objetos em geral, que são recepcionados pelo corpo humano e associam-se à lembrança das coisas das quais compõem imagens na memória. Algo diferente ocorre nas “imagens” da memória intelectual, que não são fornecidas por nenhum dos sentidos corporais, pois é um saber “racional”. Elas já estão presentes antecipadamente na alma dos homens. Foram gravadas por Deus no “coração” dos homens no momento de seu nascimento como uma espécie de lei ou razão natural. Esses saberes possuem regras imutáveis e estão relacionados, por exemplo, à assimilação de conteúdos matemáticos ou gramaticais e aos valores éticos.
 
A existência desses significados ou conhecimentos na alma humana corresponde à doutrina agostiniana da “iluminação divina”, inspirada na teoria platônica da reminiscência. Em Platão, o conhecimento é um processo de rememoração, pois a alma humana já contemplou diretamente a realidade no plano das ideias (já possuiu uma existência anterior). Em Santo Agostinho, as verdades eternas são comunicadas por Deus aos homens pela luz eterna da razão, instalando-se na memória. Dito de outra forma, é o que o filósofo chama de Mestre Interior, Cristo, que habita no homem.
 
Dessa forma, a felicidade plena está na memória. Agostinho distingue conceitualmente felicidade e alegria. A felicidade é superior ao que se chama de alegria porque existe somente na verdade divina, em Deus, ou dizendo de outro modo, a felicidade é a alegria verdadeira, diferenciando-se das alegrias mundanas, associadas, por exemplo, à luxúria, à ambição social, ao orgulho e à vaidade. Em outros termos, a felicidade em Santo Agostinho é a alegria dos que, acima de tudo, amam a Deus e se regulam por suas leis eternas.
 
Uma vez que a felicidade se diferencia das alegrias do mundo terreno, ela não pode ser recordada ao modo dessas aparentes alegrias, sendo, portanto, presente na memória porque inscrita na natureza primeira do homem, próxima a Deus, porque viemos Dele. Justifica-se, assim, o fato de ser por todos procurada, é uma busca universal, embora a maioria dos seres humanos, com sua memória enfraquecida na perdição, a ignore no Criador e pense encontrá-la tão somente na criação.
 
Podemos notar também que Agostinho de Hipona é o primeiro filósofo que encontramos a incluir a história na sua filosofia. A luta entre o bem e o mal não era nada de novo. Novo é que essa luta se desenrola no transcorrer do tempo (a história da salvação). Aqui não é possível reconhecer muito de Platão em Agostinho. Nesse caso ele se embasa na visão linear da história que encontramos no Velho Testamento. A ideia é que Deus precisa de toda a história para tornar possível sua “cidade de Deus”, com a vinda do Reino, a Jerusalém Celeste no final dos tempos. A história é necessária para educar os homens e eliminar o mal, ou para usar as palavras de Agostinho: “A visão divina conduz a história dos homens, desde Adão até o fim dos tempos, como se fosse a história de um único indivíduo que se desenvolve gradualmente da infância à velhice”.
 
 
 
Referências:
 
FILOSOFIA 2. Ensino médio. Ético Sistema de Ensino. São Paulo: Saraiva, 2015.
 
GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. Romance da história da filosofia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
 
MORESCHINI, Claudio. História da Filosofia Patrística. São Paulo: Loyola, 2008.
 
PINHEIRO. Antônio Soares. Introdução. In: SANTO AGOSTINHO. O mestre. São Paulo: Landy Editora, 2006.
 
SANTO AGOSTINHO. Confissões. Tradução e notas de Arnaldo do Espírito Santo, João Beato e Maria Cristina de Castro Maia de Sousa Pimentel. Edição bilíngue. 2ª ed. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 2004