Autoridades e Aesp e Abert sobre a Jovem Pan

02/08/2021 13:17

Aesp e Abert repudiam requerimento de Renan Calheiros sobre a Jovem Pan na CPI da Covid

Em nota, entidades ressaltaram o trabalho da emissora e classificaram o episódio como uma “afronta à liberdade de expressão”

Por Jovem Pan

Senador fez pedido de quebra de sigilo bancário da Jovem Pan

A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) se uniram para repudiar o requerimento de quebra de sigilo bancário da Rádio Jovem Pan, feito pelo senador Renan Calheiros na CPI da Covid-19. A AESP ressaltou que a emissora está há quase 80 anos “cumprindo o papel de informar a população” e que tentativas do gênero vão contra a liberdade de imprensa. “Lembramos que a CPI tem como objetivo investigar ações e eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus no Brasil, e qualquer tentativa de intimidação ao trabalho da imprensa é uma afronta à liberdade de expressão, direito garantido pela Constituição Brasileira”, afirmou a AESP, que concluiu: “Esperamos que sejam observados a liberdade de imprensa e o Estado Democrático de Direito”.

Ministro das Comunicações se manifestou contra o requerimento

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, utilizou as redes sociais para repudiar o requerimento de quebra de sigilo bancário da Rádio Jovem Pan feito pelo senador Renan Calheiros na CPI da Covid-19. Em seu perfil no Twitter, o ministro disse que “é um erro mirar veículos de imprensa” e defendeu a pluralidade de visões políticas. “Precisamos de diversidade de ideologias e posições políticas, sem cerceamento, para garantir a liberdade de expressão e uma sociedade democrática”, afirmou Fábio Faria. Outra figura que se posicionou a favor da Jovem Pan foi o empresário e ex-secretário Salim Mattar, que classificou o pedido do senador como uma “afronta à liberdade de imprensa e de expressão”. “Nós, o povo, pagadores de impostos, não podemos tolerar atos como este, inaceitáveis em uma democracia”, afirmou Mattar em seu perfil no Twitter. Além de Fábio Faria e de Salim Mattar, a  Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) e a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) também repudiaram o pedido feito pelo senador.