Bolsonaro: Trabalhador terá de escolher entre mais direitos ou emprego
Bolsonaro: Trabalhador terá de escolher entre mais direitos ou emprego
Por Redação - DestakJornal - Foto: Agência Brasil - *Com agências
Presidente eleito disse que é difícil ser patrão no Brasil e admite aprofundar a reforma trabalhista
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, reiterou que considera difícil empregar no Brasil e que serão preciso novas mudanças trabalhistas.
Segundo Bolsonaro, o setor produtivo tem reclamado que as atuais leis tornam o Brasil "um país de direitos, mas que não tem emprego". "Isso tem que ser equacionado um dia", disse.
"Eles (empregadores) têm dito que o Brasil é o país dos direitos, mas não tem emprego. Então, isso tem que ser equacionado um dia e eles têm dito, não sou eu, que o trabalhador vai ter que decidir: um pouquinho menos de direito e emprego ou todos direitos e desemprego. É a palavra de quem emprega no Brasil", disse.
Questionado se o fim do ministério do Trabalho e a divisão da pasta por três ministérios não seria um contrassenso para um governo que diz que quer a geração de empregos como prioridade, o presidente eleito disse que a pasta, no formato atual, traz "recordações que não fazem bem a sociedade". "Ali funcionava como sindicato do trabalho e não como um ministério", afirmou.
"Nenhum trabalhador vai perder seus direitos até porque todos estão garantidos aí na Constituição. Então, nenhum trabalhador vai ser prejudicado tendo em vista a não existência do Ministério do Trabalho", acrescentou o futuro presidente.
Aprofundar reforma trabalhista
Segundo parlamentares do MDB, que estiveram reunidos nesta terça-feira (4) com a equipe de transição, Bolsonaro disse ser necessária a aprovação de reformas para tirar o país da situação crítica em que se encontra, mas afirmou que não exigirá sacrifícios da população.
Aos jornalistas, o presidente eleito não quis entrar em detalhes sobre o que pode mudar numa nova reforma trabalhista. "Estamos estudando, agora não basta ter só direitos e não ter empregos, esse é o grande problema que existe", afirmou.