Cardeal Dom Sérgio pede fim da intolerância religiosa

06/07/2017 00:08
Cardeal Dom Sérgio pede fim da intolerância religiosa em Teresina
 (Crédito: Ana Cláudia Santos)
                                                            (Crédito: Ana Cláudia Santos)
Por Lucrécio Arrais  - Portal Meio Norte
O Piauí recebe o Cardeal Católico Brasileiro Dom Sérgio da Rocha, que concedeu uma entrevista coletiva a jornalistas na manhã desta quarta-feira (5). O sacerdote, que hoje é arcebispo metropolitano de Brasília e já ocupou o mesmo cargo em Teresina, trouxe uma mensagem de paz e união, além de pedir o fim da violência e da intolerância religiosa.
 
Teresina viveu pelo menos dois casos públicos de intolerância religiosa durante o mês de junho, como o depredamento das portas da Igreja São Benedito e da imagem de Iemenjá, na Avenida Marechal Castelo Branco.
 
Diante dos casos relatados, o Cardeal demonstrou consternação. "Nós temos vivido uma época difícil em termos de agressividade e intolerância. Lamentavelmente, em todo o Brasil, temos vivido muitos casos. Temos insistido na necessidade de respeitar e valorizar o outro. É preciso o diálogo e a convivência respeitosa entre os que pensam diferente", frisou.
 
"Nós precisamos da postura de não violência e de diálogo, seja nas redes sociais, ruas ou famílias. É necessária a convivência pacífica, e nós cristãos devemos defender isso, pois Jesus diz no Evangelho que nós seríamos reconhecidos como seus discípulos pela prática do amor fraterno", acrescenta Dom Sérgio da Rocha.
 
Ao ser questionado sobre o tom progressista do discurso do Papa Francisco, Dom Sérgio diz que isto é um equívoco. "O Papa Francisco tem dado uma contribuição imensa para a igreja, insistindo na necessidade da misericórdia e da acolhida fraterna, além da busca da justiça social e da paz. Mas dizer que ele é progressista é complicado. Prefiro dizer que o Papa tem ajudado a avançar a convivência da igreja", avalia.
 
Dom Sérgio também falou de política. Sobre as reformas trabalhista e previdenciária, o sacerdote afirmou que é necessário que os parlamentares "não tenham pressa em aprovar algo que vai mudar os rumos da sociedade brasileira".