CARTA AO LEITOR - Revista Oeste - Capa da Semana

09/04/2021 13:08

CARTA AO LEITOR

A lupa ideológica das agências de checagem de fatos e a imprensa militante

Redação da Revista Oeste

As agências de checagem de fatos têm atuado como um STF das redes sociais e da imprensa em geral. Fazem o que bem entendem. Não expõem com clareza os critérios utilizados nas suas classificações. Abrem inquérito, julgam e estabelecem a pena. Supostamente imbuídas da missão de identificar fake news criadas por milícias digitais e baderneiros que não têm mais que fazer, as tais agências acham-se no direito de carimbar como “falsos” conteúdos jornalísticos produzidos profissionalmente, com apuração de fatos e dados, entrevistas e checagem. E o que esses conteúdos têm de errado? Ora, simplesmente estão em desacordo com os ditames do pensamento progressista. Na prática, as agências de fact checking são organizações empenhadas na manutenção da hegemonia do marxismo cultural nos meios de comunicação. A atuação dessas empresas é objeto de análise da Ph.D. em Jornalismo Digital Ana Brambilla. Ana assina a reportagem de capa desta Edição 55 da Revista Oeste, “Checadores de ideias”.

Ainda sobre as práticas das agências, é intrigante que posts tratando o ex-presidente Lula como “preso político” não são tachados de fake. Tampouco “notícias” que dão conta de sua “inocência” atestada pelo Judiciário — numa corrupção deliberada da natureza da decisão do STF sobre a Vara que deve julgar o criminoso. A esse respeito, é especialmente recomendável  a leitura do artigo “22 corolários da teoria da inocência do culpado”, de Augusto Nunes.

Um detalhe importante da controvérsia acerca das agências de checagem é apontado por J. R. Guzzo. Dado que essas empresas são financiadas pelos gigantes da tecnologia, as chamadas big techs, “a imprensa brasileira está se deixando governar por potências acima da sua própria compreensão”.

O escritor Guilherme Fiuza define com sagacidade o trabalho dos “verificadores de fake news”: “Sua missão é basicamente sancionar a panfletagem, com a autoridade de quem foi ungido para sancionar panfletagem, portanto não há o que discutir. Foi assim que essa doce patrulha passou a afirmar que a decisão do STF tirando autoridade do governo federal na pandemia não tirou autoridade do governo federal na pandemia”.

A patrulha elegeu como um de seus alvos prioritários o agronegócio brasileiro. Em que pesem os excruciantes esforços de muitos empreendedores sérios e da própria ministra da Agricultura, a imagem do segmento é cotidianamente arranhada na mídia. Como parte do empenho em estimular o debate público fundamentado em informações confiáveis, a Revista Oeste convidou para integrar o time de articulistas o doutor em Ecologia e chefe-geral da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda. Cientista com atuação técnica irrepreensível durante quatro décadas, Miranda é uma das maiores autoridades do agrobusiness no mundo. Seu tema de estreia surpreenderá muitos leitores: a produção de ovos para fabricação de vacinas.

O agro nacional, em contraponto à imprensa, realmente supera as expectativas do brasileiro. Não há birô de fact checking capaz de demolir essa verdade.

Boa leitura.

Os Editores.