Coluna do Cláudio Humberto - Diário do Poder

04/08/2016 05:21
CÂMARA QUER VOTAR PROJETO DA DÍVIDA DOS ESTADOS SÓ APÓS A ELEIÇÃO
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, avisou o Planalto que, se forçar a barra e colocar para votar, antes das eleições municipais, o projeto de renegociação da dívida dos Estados, limitando os gastos com funcionalismo, os deputados vão preferir faltar, mesmo que a ausência seja descontada dos seus vencimentos. O projeto pode paralisar a Câmara no período que antecede a eleição de outubro.
 
TRISTE REALIDADE
“É uma realidade. Os deputados preferem o desconto em folha”, confirma o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP).
 
MORTE POLÍTICA
Aliados de Michel Temer reconhecem que o limite de gastos será a morte política de candidatos que agem como gigolôs do funcionalismo.
 
PREÇO ALTO
O PT ainda tenta manipular o presidente da Câmara para adiar a votação. O partido cobra a fatura por apoiá-lo contra Rogério Rosso.
 
PURO MEDO
A Câmara é conhecida por não enfrentar a elite do funcionalismo público, que reivindica salários acima de R$ 30 mil por mês.
 
PASSAGEM DA LATAM BRASÍLIA-SÃO PAULO, IDA E VOLTA, CHEGA A R$12.340
No vale-tudo dos voos comerciais, sob os auspícios da omissa Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que deveria regular o mercado, uma passagem ida e volta da Latam entre Brasília e São Paulo (aeroporto de Congonhas) pode custar R$11.309 e chega a custar R$12.340. O assalto está em sites de busca do tipo eDestinos. Até porque a página da própria Latam, ruim e lenta, acaba por “estimular” os clientes a procurar os sites de busca.
 
TAPA NA CARA
Se questionada sobre a exploração sem limite das empresas aéreas, a Anac se esquiva: “O Brasil pratica o regime de liberdade tarifaria”.
 
SEM CRITÉRIO
Cliente paga menos se recorrer às ofertas da Latam por site eDestinos: R$10.019. Equivalente ao bilhete Brasília-Pequim pela mesma Latam.
 
SEM NOÇÃO
Diz a Latam que um bilhete Brasília-SP ida e volta, em seu site, custa R$3.053, valor maior que Brasília-Paris, ida e volta, pela Air France.
 
VIROU BAGUNÇA
Com o fim de financiamento privado de campanha, candidatos a vereadores e prefeitos estão pedindo ajuda aos deputados federais. Pedem dinheiro até para custear aniversário de filho e casamento.
 
CONTRIBUINTE PEDE SOCORRO
No DF, que gasta 81% do orçamento com salários, agente da Polícia Civil recebe salário inicial de R$16,8 mil. Onze vezes maior que os R$1,5 mil da Polícia Civil do vizinho (e rico) Estado de Goiás, conforme o edital publicado nesta quarta (3). No DF, os policiais ainda ameaçam greve durante a Olimpíada se não receberem aumento de até 47%.
 
MUDOU DE NOME
Virou piada, no Congresso, a alegação de Renan Calheiros de que não participará da votação do impeachment por sua “independência”. Para o Planalto, ele nunca deixou de ser aliado de Dilma.
 
NEM TÃO BOM
Lula confidencia a amigos seu alívio em ser julgado na primeira instância em Brasília, e não pelo juiz Sérgio Moro. Ele mal sabe que o juiz de Curitiba é apenas um dos muitos Sérgios Moros brasileiros.
 
NOVO TEMPO
Diplomatas celebraram a decisão do chanceler José Serra, que declarou vaga a presidência do Mercosul no comando da Venezuela. É uma política externa diferente da do PT, que bajulava ditaduras.
 
TUNGA CARA-DE-PAU
A Eletrobras Alagoas passou a mão em R$10 mil de um cliente, há mais de 8 meses, e não devolve o dinheiro. O valor é 30 vezes superior à média mensal da conta de luz. Casa no interior, usada vez ou outra. Suspeita-se que há muitas outras vítimas do “débito em conta”.
 
NÃO TEM CONVERSA
“O governo não abre mão da contrapartida dos Estados”, diz o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), sobre a renegociação das dívidas. Aliados querem flexibilização de gastos com funcionalismo.
 
 ASSÉDIO MORAL
A Claro tem ligado com insistência para o celular de um cliente de Brasília cobrando uma fatura que não foi paga. O detalhe é que o plano do cliente, que detesta telefonemas, é pré-pago. Logo, não deve nada.
 
PERGUNTA NA ESQUINA
Que fim levou Rose Noronha, amiga íntima de Lula em São Paulo, que, muda, responde por corrupção passiva, tráfico de influência e falsidade ideológica?