Coluna do Cláudio Humberto

28/09/2015 08:36

Coluna do Cláudio Humberto

ACORDO CRIA DOBRADINHA PSDB-PSB PARA 2018

Acordo selado há dias garantiu a união dos dois maiores opositores à campanha de reeleição de Dilma, em 2014: o PSDB do senador Aécio Neves (MG) e o PSB do falecido governador Eduardo Campos estão “fechados”: Aécio será o candidato à Presidência e o PSB indicará o candidato à vice na mesma chapa. Estão cotados para a vaga a viúva de Campos, Renata, e o governador de pernambucano, Paulo Câmara.

 

SEM DEFINIÇÃO

Para tucanos, uma possível saída de Dilma não muda as negociações com o PSB: se Temer virar presidente, o PMDB terá candidato próprio.

 

PSB NA OPOSIÇÃO

O PSB define no próximo dia 15, na reunião da Executiva Nacional, o posicionamento oficial de oposição ao governo Dilma Rousseff.

 

DIAS DIFÍCEIS

Álvaro Dias, que desembarca do PSDB, ouviu do PSB que o partido não pode garantir sua candidatura em 2018 em razão desse acordo.

 

SEM MARINA

A saída de Marina Silva do PSB garantiu ao partido espaço para negociar com o PSDB: ex-ministra de Lula, Marina não engole tucanos.


‘QUARTEL’ PALÁCIO DO PLANALTO TEM 1.853 MILITARES

Vítima de prisão e tortura na ditadura, a presidente Dilma aprecia a companhia de militares. Quase metade dos ocupantes de cargos na Presidência da República é de militares das Forças Armadas, em especial do Exército, o que torna o Palácio do Planalto uma espécie de quartel. Dos 4.192 servidores do Planalto, 1.853 são militares cedidos e mais de mil ocupam funções e “cargos de confiança” da presidente.

 

DOMÍNIO MILITAR

Sem quadro próprio, a Presidência dispõe de servidores requisitados. Militares ocupam a maior parte dos cargos de chefia e de assessoria.

 

QUARTEL COM CLUBE

O “quartel” que funciona no Planalto dispõe de academia, campo de futebol, quadras de tênis, futsal, vôlei, futevôlei, que vivem lotados.

 

TEM PARA TODOS

Além de militares, a Presidência concentra outros 1.711 cargos do tipo DAS, boquinhas que somam até R$ 13,7 mil aos vencimentos originais.

 

PORTEIRA FECHADA

O governo vai demitir o diretor de Administração de Furnas, para fazer um gesto que agrada o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Luís Fernando Paroli estava no cargo desde 2008, faz parte da cota do PT.

 

DIFERENÇAS

O deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ) saiu em defesa de Eduardo Cunha. “Quatro delatores não o citaram. Quando um o mencionou, é indiciado. A presidente Dilma foi citada por todos e ninguém faz nada”.

 

TIMONEIRO

No gabinete, meio às brincas, meio sério, já chamam o presidente da Câmara de “Mao Tsé Kunha”. Só não se sabe ainda se é pelo estilo ou pela proximidade com Moreira Franco, antigo militante maoísta no Rio.

 

CAFÉ AMARGO

Pela primeira vez em 52 anos o Brasil pode ficar de fora da reunião da Organização Internacional do Café, por sua dívida de 300 mil libras. Equivalente a 3 mil sacas de café numa produção de 40 milhões. Para que o vexame seja maior, preside a entidade o brasileiro Robério Silva.

 

QG DO DESESPERO

Na votação do veto do reajuste do Judiciário, o governo montou QG no Planalto, com ministros disparando ligações para parlamentares, até da oposição. O clima era de desespero. Haverá nova batalha nesta quarta.

 

É A ECONOMIA, ESTÚPIDO

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) prevê a manutenção do veto ao reajuste do Judiciário, mas não considera vitória do governo. “Existe clara preocupação com as finanças públicas”, afirma.

 

RACHA INTERNO

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) informou que não apoia o impeachment da presidente Dilma. Ele também é contrário à mudança do PSB para a oposição.

 

CUNHA TOUR

Ainda está pendente na Câmara o relatório da viagem que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez a Nova York, em agosto. Outros integrantes da comitiva já apresentaram os documentos.

 

PERGUNTA NO AEROPORTO

Dilma aproveita seu pulinho no exterior para fazer compras no free-shop com o dólar a R$ 4?

 

Fonte: www.diariodopoder.com.br