Coluna do Jornalista Cláudio Humberto

10/02/2017 18:32
QUARENTENA RENDE R$117 MIL POR 50 DIAS NA EBC
Ex-presidente da empresa pública de comunicação EBC, Ricardo Melo teve um Natal obeso: em 23 de dezembro, embolsou R$129.096 referentes a 6 meses de “quarentena”, muito embora tenha ficado no cargo por apenas 3, até ser demitido pelo presidente Michel Temer. Mais absurdo é o caso do amigo que ele fez diretor-geral: Pedro Varoni ficou no cargo só 45 dias, mas ganhou R$117.779 de “quarentena”.
 
MOLECAGEM I
Dilma Rousseff fez a molecagem de nomear essa turma para a EBC na véspera de sua saída, quando ela já sabia que seria afastada do cargo.
 
MOLECAGEM II
Além de nomear os petistas na empresa pública EBC, Dilma inventou “mandato” de 4 anos para eles, a fim de impedir que fossem demitidos.
 
LONGA PROVAÇÃO
Temer demitiu a petelhada da EBC, mas uma liminar do STF o obrigou aturá-los por mais 3 meses, até que uma nova lei desfez a molecagem.
 
SEMPRE ELA
A “quarentena”, que muitos consideram ofensiva à ética pública, teve o patrocínio da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
 
COM PAÍS EM CRISE, BUROCRATAS ‘SEGURAM’ PROJETOS
Antes de aumentar impostos, os governantes deveriam melhorar a gestão, botando a rapaziada para justificar os belos salários e regalias como estabilidade. Em Brasília, por exemplo, como na maioria das cidades, estão pendentes 7.260 “habite-se” de casas e apartamentos já concluídos, prontinhos. Se os agilizasse, removendo a burocracia, a má vontade e a preguiça, o DF arrecadaria R$120 milhões em impostos, segundo entidades do setor como Ademi, Asbra e Sinduscon.
 
REPRESAMENTO
Ainda dormitam nas gavetas do governo local em Brasília, 221 projetos que, aprovados, podem movimentar R$22 bilhões na área imobiliária.
 
NÃO TEM ERRO
No DF, 145 projetos privados devem gerar 927 mil empregos diretos e indiretos, em 2017. E muitos impostos para bancar tanta burocracia.
 
NEM AÍ
Burocratas que seguram “habite-se” e projetos não estão preocupados em perder o emprego, como 12,3 milhões de brasileiros.
 
BOLA NAS COSTAS
A Aneel joga bola nas costas do ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia). Ele disse que há sobra de energia, mas a Agência (ou sindicato patronal?) de Energia Elétrica avisou que só garante tarifa verde, sem cobrança extra, até abril. Depois, o assalto estará liberado.
 
MORAES VAI PENAR
Já se veem carros em Brasília com adesivo imenso: “Plagiar é crime”. Sobre a acusação contra o ministro Alexandre de Moraes, que teria publicado, como de sua autoria, trechos do livro de um jurista espanhol.
 
O EXEMPLO CAPIXABA
Vários governadores aguardam atitude dura do governador capixaba Paulo Hartung, como a expulsão dos PMs amotinados, para desestimular presepadas semelhantes de policiais de outros estados.
 
SEM PEDIR VOTOS
Ao negar interferências, Edison Lobão contou ontem que só não pediu votos a 2 dos 21 senadores do PMDB, na campanha para a CCJ: o ex e o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira. Nem precisava: o primeiro o apoiava e o segundo preferia Raimundo Lira (PMDB-PB).
 
DOR QUE NÃO PASSA
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, sente muito o falecimento do pai, Florival Rocha, aos 98 anos. Eram muito ligados. Amigos preveem até uma mudança no jeito da ministra.
 
IMPORTANTE É LUCRAR
A Caixa comemorou o aumento de 11,4% nos negócios da sua área de penhor. Não foram considerados os custos afetivos, a angústia e a dor, muito menos as lágrimas das pessoas que recorrem à penhora de bens para enfrentar a crise, pagar contas, dívidas, e sobreviver.
 
E O ANO MAL COMEÇOU...
No dia 16 o Itamaraty vai promover uma “oficina de gerenciamento de stress” para seus funcionários. Servidores também poderão fazer “sessão de massagem relaxante”. Tudo na conta do contribuinte.
 
CCJ DA CÂMARA
Na Câmara, Osmar Serraglio (PR) e Rodrigo Pacheco (MG), do PMDB, disputam a presidência da Comissão de Constituição e Justiça. Serraglio tem força, mas Pacheco tem o respaldo no PSDB mineiro.
 
PENSANDO BEM...
...é bom o ex-presidente FHC tomar cuidado com o que diz ao juiz Sérgio Moro.
 
 
Fonte: Diário do Poder