Coluna Magnavita: Parecer diz que Bretas plagiou
Coluna Magnavita: Parecer diz que Bretas plagiou
Por Cláudio Magnavita
Defesa de Pezão afirma que sentença é nula
O juiz Marcelo Bretas está com a sua batata assando no CNJ e agora o escritório Mirza & Malan Advogados apontam que o magistrado copiou, sem citar a fonte, longos trechos do memorial do Ministério Público Federal. Os professores de Linguística Forense, Malcon Coulthard e Carmen Rosa Caldas-Coulthard, afirmam, em parecer, que "a vasta maioria das páginas desse capítulo da sentença (51, do total de 64) contém texto plagiado e algumas dessas páginas consistem quase que, exclusivamente, de conteúdo plagiado. Assim, a sentença não só copiou os argumentos fáticos e jurídicos do MPF, como igualmente copiou a própria interpretação ministerial sobre a prova produzida. Até mesmo erros gramaticais e ortográficos foram copiados".
Os professores constataram não haver nenhuma evidência de que a sentença condenatória incorporou — com ou sem citação da fonte — quaisquer trechos do memorial do Pezão.
A defesa do ex-governador sustenta que ele foi condenado meramente por ser o sucessor de Sérgio Cabral no Governo do Rio. Em apelação enviada ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região, afirma que a sentença é nula. Para a defesa, "o juiz Marcelo Bretas se expõe à serias questões sobre a sua imparcialidade no ato de julgar". "Ao encapar a narrativa do MPF, o juízo a que pinçou alguns depoimentos de colaboradores de forma seletiva, prestigiando aqueles que incriminaram o apelante e ignorando, olimpicamente, aqueles que o inocentaram", sustenta a defesa do ex-governador.
