Cunha citará Rodrigo Maia em delação premiada

07/07/2017 20:43
Política
 
Cunha citará Rodrigo Maia em delação premiada
Rodrigo Maia: o presidente da Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, é um dos alvos da delação de Eduardo Cunha (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
 
Ex-presidente da Câmara pretende contar que o atual, cotado para suceder Michel Temer, era destinatário de recursos ilícitos
 
Por Daniel Pereira, Thiago Bronzatto, Robson Bonin e Rodrigo Rangel
 
Aliados de Michel Temer admitem, em privado, que as revelações contidas na delação premiada do ex-deputado Eduardo Cunha devem agravar ainda mais a situação do presidente no Congresso e ampliar as chances de a Câmara autorizar o Supremo  Tribunal Federal a processá-lo. Seria uma injeção extra de ânimo nos que, na surdina, trabalham para que Rodrigo Maia ascenda ao Planalto. O problema é que o horizonte para Maia é igualmente sombrio: assim como Temer, o atual presidente da Câmara também é citado na delação de Eduardo Cunha – ele aparece, segundo pessoas próximas ao ex-deputado, como intermediário de interesses empresariais na máquina pública e destinatário de recursos de origem ilícita.
 
Na semana passada, o próprio Cunha, da cadeia em Curitiba, fez questão de mandar o recado para o ex-colega. Por meio de um interlocutor que foi visitá-lo, Cunha pediu que um amigo em comum dissesse a Maia que ele estrelará um dos capítulos de sua delação. “Avisa que ele [Maia] também será lembrado”, pediu Cunha, segundo relatou o interlocutor a VEJA.
 
Na noite de quarta-feira, enquanto o presidente da Câmara preparava as malas para embarcar na manhã seguinte para uma viagem oficial de dois dias à Argentina, um grupo de advogados escalado por Cunha para auxiliá-lo na negociação da delação dividia a mesa de jantar em Brasília e repassava, um a um, os principais pontos da proposta de colaboração do ex-deputado. Foi durante o encontro que um dos presentes recebeu a incumbência de transmitir o recado. Rodrigo Maia entrou para o caderno de inimigos de Eduardo Cunha durante o processo que resultou na cassação do peedemebista – ele considerou que o colega nada fez para ajudá-lo.
 
Para ler a reportagem na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas. 
 
 
Fonte: Site da Revista Veja