Devocional Diária - Antes e depois de mim

28/12/2018 11:06

Antes e depois de mim

1.Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2. Abraão gerou a Isaque; Isaque gerou a Jacó; Jacó gerou a Judá e a seus irmãos; 3. Judá gerou de Tamar a Perez e a Zara; Perez gerou a Esrom; Esrom gerou a Arão; 4. Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe gerou a Naassom; Naassom gerou a Salmom; 5. Salmom gerou de Raabe a Boaz; Boaz gerou de Rute a Obede; Obede gerou a Jessé, 6. e Jessé gerou ao rei Davi. Davi gerou a Salomão daquela que fora mulher de Urias; 7. Salomão gerou a Roboão; Roboão gerou a Abias; Abias gerou a Asa; 8. Asa gerou a Josafá; Josafá gerou a Jorão; Jorão gerou a Uzias; 9. Uzias gerou a Jotão; Jotão gerou a Acaz; Acaz gerou a Ezequias. 10. Ezequias gerou a Manassés; Manassés gerou a Amom; Amom gerou a Josias, 11. e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos no tempo do exílio em Babilônia. 12. Depois do exílio em Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; Salatiel gerou a Zorobabel; 13. Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde gerou a Eliaquim; Eliaquim gerou a Azor; 14. Azor gerou a Sadoque; Sadoque gerou a Aquim; Aquim gerou a Eliúde; 15. Eliúde gerou a Eleazar; Eleazar gerou a Matã; Matã gerou a Jacó, 16. e Jacó gerou a José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo. 17. Assim, todas as gerações desde Abraão até Davi são catorze gerações; também, desde Davi até o exílio em Babilônia, catorze gerações; e desde o exílio em Babilônia até o Cristo, catorze gerações. (Mateus 1.1-17)

Quando somos crianças, a concepção de “tempo” é diferente daquela que teremos décadas à frente. Em minha infância, presentes só eram vistos no aniversário e no Natal. Como faço anos em junho, tinha de esperar exatamente seis meses para ver um presente. E como o tempo demorava para passar!

Crianças e jovens são impacientes. Para eles, não é fácil ad­ministrar o tempo.

A genealogia de Jesus trata do tempo. Longo tempo. Tempos antigos. Fala daqueles que vieram antes, muito antes de Jesus Cris­to. O evangelista retrocede a Abraão e caminha até José e Maria.

Por que começar a história de Jesus com uma genealogia? Afinal, ele é o Deus encarnado, aquele que se manifestou no tempo e espaço para salvar o ser humano. Não é isso que importa?

A genealogia nos lembra que Jesus, enquanto homem, precisou de uma família, de ascendentes que se sucedessem até chegar a ele. E, desse ponto de vista, Jesus carregou traços físicos, psicológicos e de personalidade de seus familiares. Provavelmente, deve ter sido parecido com um tio ou primo. Talvez ao nascer os familiares discutiram sobre a semelhança da criança com outras da família. E, certamente, José e Maria devem ter identificado olhos, boca, nariz e cabelo semelhantes aos seus.

Há mais. Para que Jesus viesse até nós seus familiares enfren­taram lutas e provas. Pense em Abraão, nas mulheres Tamar, Raabe, Rute, Bate-Seba, no rei Davi, em Josias e em outros até chegar a Maria, sua mãe. Quantas dificuldades! Quantas barreiras a serem vencidas!

No entanto, Jesus não é apenas resultado de uma sequência genealógica. Por sua morte e ressurreição, ele alargou ao hori­zonte sua genealogia. Agora, todos quantos o reconhecem como Senhor podem ser chamados de “filhos de Deus” (Jo 1.12). Ele nos introduziu em sua família!29

Eu e você fazemos parte de uma família.

Talvez não seja a família ideal, mas é nossa família. Devemos muito àqueles que vieram antes de nós.

Natal é tempo de reconhecimento. Reconhecer o quanto de­vemos aos nossos queridos, dos quais vários já partiram. Tempo de reconhecer que devemos louvar a Deus por suas vidas.

Por outro lado, é tempo de ter convicção de que a continuidade de nossa família depende de nós, de nossas ações. Como influen­ciamos nossos filhos? Como preparamos a próxima geração?

E, acima de tudo, é tempo de refletirmos sobre a alegria de podermos trazer outras pessoas para participarem da família cristã, da celebração do Natal, da continuidade da genealogia de Jesus Cristo.

Reflita

“A família humana. Essa é uma boa frase a nos lembrar de que não apenas viemos da mesma origem e vamos em direção ao mesmo final, mas que enquanto isso nossas vidas são complexamente e inescapavelmente ligadas. A fome em uma parte do mundo afeta pessoas em todas as partes. Um assassinado em Dallas ou Saraie­vo afeta a todos. Ninguém é uma ilha. É muito bom lembrar” (Frederick Buechner).

Retirado do e-book O Menino e o Reino [Gladir Cabral e João Leonel]. Editora Ultimato.

 

Fonte: https://ultimato.com.br/