Domingo: As eleições gerais e o poder das decisões

24/07/2022 10:45

As eleições gerais e o poder das decisões

Por Jornal Folha Universal - Tiragem: 1.703.625 (Um Milhão, Setecentos e Três, Seiscentos e Vinte Cinco Exemplares

O poder de decidir o nosso destino está em nossas mãos. Deus nos alerta que os céus e a terra são testemunhas de que tudo depende das escolhas que fazemos. A morte ou a vida, a bênção ou a maldição são consequências de nossas escolhas. O Criador ainda dá uma dica para escolhermos a vida, para que vivamos nós e nossa posteridade (Deuteronômio 30.19). Quando se trata das eleições gerais, também não é diferente. Teremos neste ano de escolher entre um projeto que já é conhecido do povo e que ficou no poder por 16 anos, com os seus escândalos sistêmicos de corrupção e condenações, e outro que está em curso nos últimos quatro anos, bem diferente do anterior, em busca de um segundo mandato.

Em um evento em São Paulo, Lula e seus correligionários lançaram as diretrizes de seu suposto governo, caso vençam as eleições. Na economia, Lula pretende revogar o teto de gastos públicos e criar uma espécie de “novo regime fiscal”, para que o governo possa gastar sem medidas, e quem sabe até investir em países socialistas quebrados, como já fez quando estava no governo, emprestando a fundo perdido e fazendo o povo brasileiro pagar o prejuízo.

Lula promete também uma reforma tributária, com progressividade para simplificar tributos. A complexidade do sistema tributário, apesar de ser um problema, não é a solução de que o Brasil precisa. O nosso problema está na sobrecarga de impostos sobre o consumo e na pouca taxação sobre a renda e o patrimônio. Nos governos Lula e Dilma, com toda a governabilidade sustentada pelo Mensalão, essa pauta nunca avançou. Como acreditar que ele vai fazê-lo agora se ganhar?

Parece engraçado se não fosse trágico, mas Lula promete combater a corrupção. Será que ele conta com o esquecimento do povo brasileiro de que foi nos governos do PT que a Polícia Federal mais teve trabalho e surgiu a Operação Lava-Jato, fato que descortinou as condições políticas para o impeachment de Dilma, posteriormente para a sua própria prisão e de todos os seus companheiros diretamente envolvidos nos desvios de verbas investigados pelo Ministério Público Federal?

Lula pretende fortalecer sua principal base de apoio político. Para se perpetuar no poder, ele aplica aquela máxima de que quem o ajuda a se eleger, o ajuda a governar. Resta saber se em um governo de esquerda todos serão de fato respeitados, pois o que vemos são movimentos antidemocráticos, invadindo igrejas e violando a liberdade de culto. Ele afirmou que, em um eventual governo, o movimento terrorista MST governará com ele.

Está na lista das diretrizes do governo petista a maior integração regional da América do Sul, da América Latina e do Caribe. Certamente ele pretende ajudar a governos populistas e ditatoriais que quebraram o país e estão em crise extrema, como a Venezuela e a Argentina, que recuam cada vez mais. São países que não acordam para a atual economia globalizada e insistem em eleger governos de esquerda, com o Estado de perfil interventor e a economia controlada, uma receita infalível para a bancarrota.

De outro lado, temos uma proposta de governo de direita, que avança sobre uma reforma tributária pontual e paulatina, corrigindo pontos específicos da engrenagem tributária e com uma política de Estado mínimo e valorização do empreendedorismo e do setor produtivo para gerar emprego e renda. Com obras estruturantes em todo o Brasil, a exemplo da conclusão da transposição do Rio São Francisco, com suas águas finalmente beneficiando o Nordeste, e o ressurgimento do modal ferroviário, com impacto da redução do custo Brasil. E mais: o fortalecimento da família nos moldes da judaico-cristã, como célula principal da sociedade e do bem-estar social, e o combate de fato à corrupção, além da continuidade dos ajustes estruturais com a reforma administrativa.

O povo brasileiro é quem vai escolher que governo teremos nos próximos anos. De um lado está aquele que ficou 16 anos no poder, mas se apresenta como novidade e se diz preparado para reconstruir o Brasil; do outro está o atual governo que afirma ter pego um governo moral, ética e economicamente destruído e que deseja continuar com suas ações para avançar no caminho da probidade administrativa, da prosperidade e do bem-estar social para todos.

Denis Farias é advogado, professor e consultor jurídico