Embaixada em Israel está decidida diz Eduardo Bolsonaro

28/11/2018 05:04

Mudança da embaixada em Israel está decidida diz Eduardo Bolsonaro

Mudança de embaixada em Israel está decidida, diz Eduardo Bolsonaro

Por da Redação - DestakJornal com Agência Brasil - Foto: Agência Brasil

Filho do presidente eleito esteve reunido com genro de Donald Trump em Washington; ele usava um boné que ganhou de apoiadores do líder americano

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (27) que o futuro governo tem a intenção de mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. 

O deputado disse que acredita que já está decidido que a mudança ocorrerá e que "a questão não é perguntar se vai (ocorrer), a questão é perguntar quando será", afirmou.

"A gente ainda não sabe ao certo dentro do governo a data, como é que ocorre. A gente tem a intenção e a ideia", disse. 

A afirmação foi feita em Washington, depois do deputado ter se reunido na Casa Branca com o conselheiro sênior e genro de Donald Trump, Jared Kushner. Kushner é um dos principais articuladores da política para o Oriente Médio do governo Trump. Ele usava um boné, que ganhou de apoiadores de Trump.

No início de novembro, uma visita do chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, ao Egito foi cancelada pelo governo do país. O cancelamento ocorreu após o anúncio de Jair Bolsonaro de que tinha a intenção de mudar a embaixada de Tel Aviv para Israel. Sobre o cancelamento, o deputado afirmou que não vê "crise nenhuma", pois, segundo ele, a visita foi apenas adiada para o próximo ano.

"Quem não foi para o Egito foi só o chanceler Aloysio Nunes. Todo o corpo empresarial que estava previsto para ir para o Egito foi, inclusive a pedido das autoridades egípcias", afirmou. O deputado também disse que o chanceler do próximo governo, Ernesto Araújo, deve cumprir a agenda e "com certeza fará bons negócios lá". "Até porque, neste meio de transição, eu já recebi duas vezes a visita dos embaixadores dos Emirados Árabes Unidos".

Sobre possíveis consequências para o comércio internacional e represálias de outros países por causa da mudança, o deputado afirmou que acredita que será possível encontrar uma maneira de solucionar a questão. 

"Eu acredito que a política no Oriente Médio já mudou bastante também. A maioria ali é sunita. E eles veem com grande perigo o Irã. Quem sabe nós apoiando políticas para frear o Irã, que quer dominar aquela região, a gente não consiga um apoio desses países árabes", afirmou.

O deputado também afirmou que não conversou com Jared Kushner sobre uma futura visita do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Brasil. Segundo ele, o tema deve ser discutido durante a visita ao Brasil do Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, no dia 29 de novembro, para encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro.

O deputado cumpre agenda nos EUA desde segunda (26), quando se reuniu com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, com o secretário-adjunto do Tesouro Americano, David Malpass, participou de evento no American Enterprise Institute e de reuniões com representantes do Departamento de Estado, do vice-presidente norte-americano Mike Pence, do Departamento de Comércio e do Conselho de Segurança Nacional.

Nesta terça, além do encontro com Kushner, Bolsonaro esteve na Câmara de Comércio Brasil – EUA, onde se reuniu com empresários e investidores.

 

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