Artigo: Igreja Presbiteriana - Educação de Qualidade

20/12/2018 19:05

Preocupação com a educação levou a Igreja Presbiteriana a criar instituições de ensino

Por Angélica Estrada - Revista Campo & Cidade

A Igreja Presbiteriana sempre se preocupou com educação de qualidade, com atenção especial para as atividades sociais. Além dos renomados Instituto Presbiteriano Gammon e Instituto Presbiteriano Mackenzie, a Igreja fundou os seguintes institutos: Bíblico Eduardo Lane, Presbiteriano do Nordeste, Cristão de Castro, Bíblico do Norte, Bíblico Reverendo Augusto Araújo e Bíblico de Rondônia.

Ainda na área educacional, a instituição foi responsável pela criação da Fundação Educacional Presbiteriana e da Associação Nacional de Escolas Presbiterianas. Entre as escolas e colégios presbiterianos estão a Escola Presbiteriana Erasmo Braga, o Colégio Presbiteriano Agnes Erskine e a Escola Presbiteriana de Landes.

Em cidades próximas a Itu/SP também há exemplos de investimentos na educação. Nos municípios paulistas de Porto Feliz e Tatuí funcionam, respectivamente, o Colégio Presbiteriano Reverendo Professor Felipe Manoel de Campos e o Colégio Presbiteriano de Tatuí. Criado em 2005, o Colégio que funciona em Porto Feliz iniciou suas atividades nas dependências da Igreja Presbiteriana daquela cidade. Com o aumento do número de alunos, em 2007 a instituição teve que locar um prédio mais amplo para oferecer melhor infraestrutura.

Vinculado ao Instituto Presbiteriano Mackenzie, oferece cursos de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, tendo a Igreja Presbiteriana do Brasil de Porto Feliz como mantenedora. Em Tatuí, a Igreja Presbiteriana fundou o Liceu Rocha Eterna, na década de 90. A instituição atendia alunos na faixa etária de Educação Infantil.

No ano passado, a Igreja fechou o Liceu, mas a pedido dos pais, nova proposta foi apresentada. A Igreja emprestaria o prédio para a escola e pagaria as despesas com água e energia elétrica. A proposta foi aceita e, em janeiro deste ano, o Colégio Presbiteriano de Tatuí foi criado com cursos de Educação Infantil e Ensino Fundamental I. O Colégio está ligado ao Sistema Mackenzie de Ensino e propõe a formação integral do ser humano em ambiente de fé cristã evangélica reformada.

Gammon

O Instituto Presbiteriano Gammon, autarquia da Igreja Presbiteriana do Brasil, foi a primeira escola evangélica a ser criada no País, concretizando um sonho de missionários presbiterianos procedentes dos Estados Unidos. Fundado em 1869, em Campinas/SP, o então Colégio Internacional foi transferido definitivamente para Lavras/MG em 1893, devido ao surto de febre amarela que atingiu o Brasil no final do século 19, dizimando milhares de pessoas naquela cidade.

A transferência ocorreu por esforços de Samuel Rhea Gammon, Carlota Kemper, Eduardo Lane, George Morton, entre outros nomes. O Instituto Gammon muito contribuiu para o enriquecimento do setor educacional em Lavras e região. Atualmente conta com o Campus Chácara e o Campus Kemper.

O Campus Chácara está localizado na região central de Lavras, numa área de 178.482 m². O Campus possui prédios educacionais e administrativos, além de complexo esportivo e locais para prática de atividades recreativas. Abriga ainda o Auditório Lane Morton, referência na cidade.

O coração financeiro e comercial de Lavras acomoda o Campus Kemper, com aproximadamente 10 mil m². A Escola Superior de Agricultura de Lavras – que no processo de federalização originou a Universidade Federal de Lavras, a Fundação Gammon de Ensino, em Paraguaçu Paulista/SP, e o Instituto Presbiteriano Gammon de Guanhães/MG também foram criados por iniciativa do Instituto Presbiteriano Gammon.

A preocupação de a instituição manter-se atualizada, sempre em sintonia com aos avanços do tempo, sem perder de vista valores importantes para o desenvolvimento humano. Diante dessa filosofia, preocupa-se com a família e referenciais éticos que contribuam para uma formação cidadã e acadêmica.

Mackenzie

Outra instituição que muito contribui para a formação educacional no País é o Instituto Presbiteriano Mackenzie, fundado na capital paulista em 1870, época de pleno desenvolvimento econômico proporcionado pela exportação de café. A grande incoerência desse período é que 80% da população brasileira era analfabeta.

A ideia de reverter esse quadro por intermédio de uma escola com proposta pedagógica inovadora como, por exemplo, classes mistas, incentivo ao esporte e aceitação de qualquer aluno, sem preconceito, partiu dos Chamberlain, um casal de missionários presbiterianos americanos. A instituição receberia a denominação de Escola Americana.

Filhos de famílias tradicionais e de escravos eram atraídos pela instituição. Em 1876 já oferecia os cursos de Escola Normal e Filosofia; em 1878, inaugurou o Jardim de Infância e, no final daquela década, a escola foi transferida para um terreno maior. Os cursos Preparatórios e de Comércio passaram a ser ministrados poucos anos depois. A pedra fundamental da Escola de Engenharia Mackenzie, primeira faculdade privada de Engenharia do País, foi colocada em 1894.

Sob a nova denominação de Mackenzie College, o crescimento ocorreu rapidamente. Nos anos seguintes, novos cursos foram inaugurados a exemplo também da biblioteca e ginásio de esportes. Na década de 1930 houve a criação do pré-primário e foram inauguradas as Faculdades de Filosofia e Letras, Arquitetura e Ciências Econômicas, o que formou a base para, em 1952, inaugurar a Universidade Mackenzie.

Mais faculdades foram implantadas ao longo dos anos que se seguiram. Hoje, seus mais de 40 mil alunos podem permanecer na instituição desde a educação infantil até a pós-graduação, em níveis de especialização, mestrado e doutorado, com ênfase especial à produção de pesquisas acadêmicas. O Instituto está presente nas cidades paulistas de São Paulo, Barueri e Campinas, além de Brasília/DF, Rio de Janeiro/RJ e Recife/PE.

Entidade confessional e comunitária, o Instituto Presbiteriano Mackenzie promove ações educacionais e de caráter social e filantrópico, beneficiando milhares de pessoas.

Comissão Nacional

Depois de se dedicar durante anos à Educação Religiosa e à Educação Teológica, a Igreja Presbiteriana do Brasil assumiu, em 1994, o compromisso de se dedicar também à Educação Formal, por meio da criação da Federação Nacional de Escolas Presbiterianas (Fenep). A proposta era reunir todas as escolas presbiterianas do País em uma Federação, que tinha entre suas finalidades a cooperação técnico-pedagógica e administrativa, a troca de experiências e a produção de materiais didático-pedagógicos.

Devido ao esforço dos dirigentes da Fenep, os resultados positivos apontaram a necessidade de implementar nova sistemática de trabalho e, em 2000, foi criada a Associação Nacional de Escolas Presbiterianas (Anep). Recentemente, a Fenep se transformou em Comissão Nacional Presbiteriana de Educação (Conape).

Incentivar e fomentar a educação do ser humano, em sua formação intelectual, científica, profissional e religiosa sob a ótica da cosmovisão cristã reformada no âmbito da Igreja e de suas instituições é um dos objetivos da Conape que, se necessário, será a voz da Igreja Presbiteriana do Brasil junto ao Ministério da Educação.