Marcos Rogério diz que o G7 da CPI é seletivo
Marcos Rogério diz que o G7 da CPI é seletivo: ‘Faz esforço para investigar governo e blindar Gabas’
Para o senador, há um ‘direcionamento político’ de oposição à gestão do presidente Jair Bolsonaro
Por Jovem Pan
Marcos Rogério pontua que o colegiado deve investigar a denúncia envolvendo a pasta da Saúde, assim como os desvios nos Estados e municípios
O senador Marcos Rogério, membro da CPI da Covid-19 no Senado Federal, considera que o depoimento do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde vai ser importante para esclarecer as acusações de corrupção na compra de vacinas da AstraZeneca. Roberto Dias vai ser ouvido nesta quarta-feira, 7, pelo colegiado. Ele é acusado de pedir propina de US$ 1 por dose do imunizante. No entanto, para o parlamentar, ainda não é possível falar em evidências que comprovem a prática indevida. “Precisa ouvir, coletar o depoimento sem a premissa de que o servidor, naquele momento, agiu solicitando vantagem indevida. Até agora, quem fez a acusação fez uma acusação sem apresentar nenhuma prova, nenhuma evidência. Alguém que não tinha carta de representação da AstraZeneca para comercializar vacina mas não tinha nenhuma carta de representação ou procuração para falar em nome da farmacêutica. É uma acusação grave e como se trata de uma CPI, que deve investigar todos os assuntos relacionados à Covid-19, e esse é um assunto é importante e uma acusação grave, o depoimento é importante”, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.
Considerando a gravidade da acusação, Marcos Rogério pontua que o colegiado deve investigar a denúncia envolvendo a pasta da Saúde. No entanto, ele acredita que, da mesma forma, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deve investigar outros casos que tenham acontecido durante ações de combate à pandemia, como compras de equipamentos superfaturadas e desvios de verbas nos Estados e municípios. Citando as investigações sobre o Consórcio Nordeste, que representa nove Estados e teria comprado 300 respiradores nunca entregues, o parlamentar criticou a “seletividade investigativa” de colegas da comissão. “O problema do G7 é que eles fazem esforço para investigar com profundidade o que está no Ministério da Saúde e quando acusa de prática de corrupção não há o pagamento de um centavo de real. Não há pagamento de um real e nós queremos que investigue. No caso do Consórcio Nordeste, por exemplo, do Pará, Santa Catarina, do Amazonas, há indícios fortes de desvios, de corrupção, mas há blindagem por parte do G7 para se convocar, seja o Carlos Gabas [secretário do Consórcio Nordeste], seja outros secretários. O foco deles é inteiramente no governo federal”, pontuou, criticando a parcialidade de membros da comissão. “Duvido que saia alguma coisa consistente e séria dessa CPI, que está marcada pela parcialidade, seletividade e direcionamento político contra governo do presidente Bolsonaro”, finalizou.
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