Max Weber e o Capitalismo. Quem é Max Weber?

25/11/2018 22:29

Quem é Max Weber

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Quando o assunto é sociologia alguns nomes imediatamente nos vem a mente.  Um desses nomes icônicos é o de Max Weber. Esse alemão, nascido em 1864, tornou-se um expoente para nossa cultura. Intelectual, jurista e economista, é ainda considerado um dos fundadores da Sociologia.

Embora seja bastante respeitado no campo dos estudos da Sociologia Moderna, suas influencias ultrapassam os limites dessa disciplina, sendo de grande valor também nas áreas da economia, direito, filosofia, ciência política e administração. Vale ressaltar ainda que sua figura foi de extrema importância  no cenário político alemão de sua geração,  havendo sido consultor dos negociadores alemães do tratado de Versalhes e também da comissão encarregada de redigir a constituição de Weimar.

Max Weber e o Capitalismo

Grande parte de suas reflexões provêm de uma longa análise e observação da sociedade moderna e capitalista, e especialmente daquilo que ele denomina como processo de racionalização.  “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, uma de suas mais importantes obras, versa sobre sociologia da religião e gera respaldo para inúmeros pensadores que posteriormente lançaram seus olhares sobre essa temática.

Esta obra que é, sem dúvidas, a mais lida e mais conhecida do autor, reflete algo que fora na época central para o pensamento alemão:  as relações entre religião e o capitalismo.  As análises voltadas para a compreensão deste modo de produção precediam os escritos de Max Weber, visto que outros intelectuais já vinham se dedicando a essas reflexões, inclusive Marx com “O Capital”.

Nesta obra ele lança sua hipótese de que a religião teria sido uma das razões para que a cultura oriental e ocidental tenham se desenvolvido de formas tão diversas, e ainda ressalta  inúmeras características especificas e inerentes ao protestantismo que teriam sido cruciais para a gênese do capitalismo  e dos moldes da sociedade ocidental.

Weber e a Sociologia Religiosa

Após a década de 1910, Weber amplia seus estudos na área de sociologia religiosa, mostrando mais uma vez fortes questões de cunho social, aprofundando-se então em religiões de caráter universal analisando em profundidade o confucionismo, taoísmo, hinduísmo, budismo,  islamismo, judaísmo buscando abranger os maiores sistemas religiosos da humanidade.

Sua obra foi capaz de influenciar gerações até o tempo presente, e estabeleceu importantes diálogos com outros grandes nomes da sociologia, como é o caso de Kant e Nietzsche e com grandes nomes de seu tempo.

Suas primeiras obras mostravam-se muito ligadas a sua formação acadêmica, uma vez que seu primeiro trabalho propriamente dito foi sua tese de doutoramento intitulada “A história das companhias comerciais da idade média”. Nesta obra já é possível notar certa tendência do autor em aliar análise jurídica e análise histórica. Esse espírito ainda permaneceria de algum modo em suas próximas obras.

A partir dessa viés de análise presente em suas obras podemos notar que apensar de ser um autor bastante técnico e preocupado com questão de cunho político e econômico em grande parte das vezes Max Weber não deixa de preocupar-se com a contextualização história  de sua pesquisa, o que faz com que seja vidente o forte apelo e preocupação social presente em seus escritos. Isso também faz com que esse seja um autor de suma importância também para a área da pesquisa histórica.

A vida acadêmica de Max Weber

Essa sua aproximação dos temas sociais atenuou-se quando de sua pesquisa empírica na região do leste do rio Elba, quando Weber ao analisar os processos migratórios dos poloneses na fronteira da Alemanha percebeu e ofereceu destaque às tendências de introdução do capitalismo no campo, preocupando-se ainda em dar especial atenção a elaboração das análises das consequências políticas que tal processo representava.

Max Weber em grande parte de sua vida acadêmica esteve responsável por ministrar disciplinas ligadas a área da economia.  Desse modo acabou por desenvolver diversos trabalhos na área da sociologia econômica, onde inicialmente pode-se ler o capitalismo como fenômeno da era moderna e posteriormente, o próprio autor passa a concebê-lo como um fenômeno referente ao processo de racionalização da cultura e da sociedade.

É valido ainda ressaltar a importância de seus muitos trabalhos na área de sociologia política, dentre os quais podemos destacar sua teoria dos tipos de dominação onde busca compreender as formas através das quais torna-se possível a submissão e a dominação de determinado grupo frente a outro, podendo acontecer devido  a diferentes motivos, como a tradição por exemplo. Ele ainda analisa esses tipos de dominação definindo os conforme sua legitimidade que os subdivide entre legal, tradicional e carismática.

 

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