O Pavilhão da Santa Sé faz sua estreia na Bienal
25/05/2018 08:23
O Pavilhão da Santa Sé faz sua estreia na Bienal de Veneza
Na Ilha de “San Giorgio Maggiore” em Veneza, a inauguração do Pavilhão da Santa Sé na Bienal que será aberta ao público neste sexta-feria, até 25 de novembro de 2018. Para encantar os visitantes do Pavilhão do Vaticano, 10 capelas realizadas por arquitetos de renome internacional.
Cecilia Seppia, Silvonei José – Cidade do Vaticano
A Santa Sé estréia na Bienal de Arquitetura de Veneza. O Vaticano debuta, às vésperas da 16ª exposição internacional, com um Pavilhão imerso no bosque da “Ilha de San Giorgio Maggiore”, dentro da Fundação Cini, onde foram realizadas 10 capelas, projetadas por arquitetos de diferentes proveniência e fé, que se inspiraram na "Capela do Bosque", de Gunnar Asplud, construída em 1920 no cemitério de Estocolmo.
Uma peregrinação religiosa e leiga
Ao visitante é assim oferecido, numa superfície de mais de um hectare, uma peregrinação não só religiosa mas também secular e naturalista para redescobrir a beleza, o silêncio interior, a fraternidade humana de estar junto em oração num dos lugares simbólicos da arquitetura sacra, como é a capela, mas também permite a recuperação da relação entre arte e fé e aquela perfeita osmose entre o homem e o meio ambiente, segundo as percepções ditadas pelo Papa na encíclica Laudato si.
As 10 capelas
Para as Capelas do Vaticano, fruto de uma gestação muito longa, explica Micol Forti, diretora da seção de Arte moderna e contemporânea dos Museus Vaticanos e curadora do projeto, foram utilizados diferentes materiais recicláveis e desmontáveis, como cerâmica, concreto leve e armado, aço e madeira. Aos 10 arquitetos (Andrew Berman, Francesco Cellini, Javier Corvalàn Espínola, Ricardo Flores e Eva Prats, Norman Foster, Terunobu Fujimori, Sean Godsell, Carla Juaçaba, Smiljan Radic Clarke e Eduardo Souto de Moura) foram dadas regras de dimensão, disposição, reprodução de objetos, mas acima de tudo foi dado o desafio de inserir esses pequenos espaços sagrados dentro do bosque, emblema de uma natureza benevolente que reconcilia o espírito.