Paraná Pesquisas aposta que vai dar 60% a 40%
PARANÁ PESQUISAS APOSTA QUE VAI DAR 60% A 40%
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O presidente do Paraná Pesquisa, Murilo Hidalgo, confia tanto na exatidão do levantamento que divulgou nesta sexta (26), apontando 60,6% para Jair Bolsonaro (PSL) e 39,4% para Fernando Haddad (PT), que não se furtou de fazer uma declaração desafiadora sobre a eleição presidencial: “Se eu tivesse de apostar, apostaria que Bolsonaro será eleito com 60% dos votos válidos, contra 40% do seu oponente”.
Murilo Hidalgo faz coro com o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro: “Bolsonaro só perde se houver um tsunami”.
Líder do único instituto que viu o risco de Eduardo Suplicy perder para o Senado, Hidalgo acha possível mudanças de última hora do eleitor.
O Paraná Pesquisa alerta para a indecisão de 16% do eleitorado feminino, que pode pender para um dos lados no último momento.
Admitindo-se a diferença Datafolha de 12 pontos, é a maior vantagem da história de pesquisas presidenciais de 2º turno. Nunca houve virada.
SAÍDA DE CAFFARELLI DO BB MERECE SER APURADA
Deveria ser investigada, até para afastar suspeitas, a troca que Paulo Caffarelli fez da presidência do Banco do Brasil pela presidência da Cielo, empresa privada de cartões de crédito. Aparentemente o script estava escrito: quando o BB virou sócio da Cielo em 2010, adivinha?, Caffarelli era diretor de Cartões e Novos Negócios de Varejo do BB, no governo Lula, período marcado por casos de corrupção desenfreada.
Até parece que Clovis Poggetti Jr “esquentava” o lugar: com a chegada de Caffarell, ele aceitou ser rebaixado a vice de Finanças da Cielo.
Outro detalhe intrigante: Marcelo Dutra Labuto, substituto de Caffarelli, era, como o antecessor, diretor de Negócios de Varejo do BB.
Está tudo tão arrumado que Caffarelli nem precisa fazer quarentena: BB e Cielo são “empresas coligadas”, explica a assessoria do banco.
Com a decisão do ministro Ricardo Lewandowski de mandar para casa 14.750 mulheres traficantes de drogas, para “cuidar dos filhos de até 12 anos”, mais de 1 milhão de crianças crescerão familiarizadas ao crime.
O presidente argentino Mauricio Macri até conhece Haddad, mas, se Bolsonaro vencer neste domingo, vai adorar. Ele não exterioriza sua torcida, mas gostou da conversa com Bolsonaro ao telefone.
O mercado já correu para o abraço com Bolsonaro: avaliou que nada relevante ocorreu para evitar a vitória do candidato do PSL, neste domingo, por isso a bolsa fechou em ata de 2,3% e o dólar caiu 1,5%.
Em entrevista à rádio Arapuan, de João Pessoa, Bolsonaro admitiu a presença de um paraibano ilustre em seu governo: o senador Raimundo Lira (PSD), que foi presidente da comissão do Impeachment.
A ex-presidente da Costa Rica Laura Chinchilla tem exorbitado do seu papel na comissão de observadores da OEA, palpitando sobre política interna, mas é um erro chamá-la de “esquerdista”. É só dar um Google.
A campanha Jair Bolsonaro avalia unificar, talvez em uma secretaria, as áreas de Direitos Humanos, Mulheres e Igualdade Racial. E não falta quem insista para que seja entregue a um general “linha dura”.
Em João Pessoa, nesta sexta, Haddad corrigiu um repórter que citou sua derrota em Campina Grande (PB). O repórter está certo: o petista teve na cidade 20,63% dos votos contra 50,61% de Jair Bolsonaro.
Destinatário de apoio informal do PT nas redes sociais, Belivaldo Chagas é candidato do PSD a governador de Sergipe. Ele concorre, vai entender, com Valadares, do PSB, que apoia o PT nacionalmente.
…esses foram 45 dias os mais longos dos últimos anos.
*Todos os direitos autorais de texto e foto são de propriedade do Diário do Poder - Coluna Cláudio Humberto