Paulo Guedes: foco será o controle dos gastos públicos

29/10/2018 18:24

Paulo Guedes: 'foco será o controle dos gastos públicos'

Paulo Guedes: 'foco será o controle dos gastos públicos'

Por Bruna Santamarina - DestakJornal

Cotado para ser o ministro da Fazenda do governo de Jair Bolsonaro, economista tocou em temas polêmicos, como a reforma da previdência

O economista Paulo Guedes, cotado para ser ministro da Fazenda do governo de Jair Bolsonaro, que deve se chamar Ministério da Economia a partir de 2019, tocou em temas polêmicos, como a reforma da previdência e o aceleramento das privatizações, em sua primeira entrevista, após o resultado positivo das urnas, na noite deste domingo (28), em um hotel na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, ao lado do condomínio onde mora o presidente eleito.

"Se o principal problema era o descontrole de gastos públicos, que corrompeu a política e travou o desenvolvimento econômico, nós vamos controlar os gastos públicos. O foco do programa econômico é o controle dos gastos públicos. Aí você vai ver os grandes itens de gastos públicos. O primeiro grande item é a previdência. Precisamos de uma reforma da previdência", afirmou o economista.

Ele listou ainda outros itens de gastos públicos que precisam ser controlados, como a despesa de juros. Para isso, prometeu acelerar as privatizações em sua gestão. "Não é razoável o Brasil gastar US$ 100 bilhões por ano em juros da dívida. O Brasil reconstrói uma Europa todo ano. O Plano Marshall, que reconstruiu a Europa, que tirou a Europa da miséria no pós-guerra, o Brasil reconstrói uma Europa por ano, sem conseguir sair da miséria. Então, a política é errada", disse.

Paulo Guedes prometeu ainda "uma reforma do Estado", reduzindo os gastos com a máquina pública. "Nós vamos ter que reduzir privilégios e desperdícios. Esse é o foco do programa econômico", completou o economista.

Para ele, os investimentos privados são o motor do crescimento econômico. "Vamos simplificar e reduzir impostos. Vamos eliminar encargos e impostos trabalhistas sobre a folha de pagamentos, para gerar, em dois, três anos, 10 milhões de empregos novos. Nós vamos regulamentar corretamente, fazer os marcos regulatórios para investimentos na área de infraestrutura, porque o Brasil precisa de investimentos em infraestrutura. O custo do Brasil é alto, por falta de segurança jurídica, de marco regulatório adequado", afirmou.

E completou: "A maior máquina de inclusão social são os investimentos e o emprego privados. É isso que nós vamos fazer."

 

Os direitos autorais da foto é da Agência Brasil. Os direitos autorais do texto é do DestakJornal