Quarto dia da Semana Teológica ICESPI

09/11/2017 23:51
Humanização: A subjetividade aberta nas relações sexuais, sociopolíticas e ecológicas.
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Introdução: as relações humanas, em todos os níveis, supõem o desenvolvimento da subetividade aberta.
 
Subjetividade aberta e sexualidade humanizadora. (cf. Id., Unidade na pluralidade, cap. 12, p.459-491; Id., Elementos de Antropologia..., cap. 11, p. 198 - 225).
 
Sexualidade: receio (afastamento) e fascinação. No mundo greco-romano:
 
- receio e rejeição: estoicismo e orientações dualistas e racionalistas, em geral. Desconfiança. A sexualidade vista como algo irracional, desumanizante e oposta à vida espiritual.
 
- fascinação e incentivo: correntes hedonistas. A renúncia à sexualidade é que é vista como desumanizadora (cf. Id., Unidade na Pluralidade...., p. 460ss).
 
A Igreja inclinada ao rigorismo estoico. Causas: infiltração do dualismo e realidade da desordem sexual. Resultado da oção eclesial: desenvolvimento do medo, da desconfiança e da suspeita em relação à sexualidade. Contexto pouco esclarecido, ambíguo e cheio de malícia. Clima pouco sadio de clandestinidade, reticências, angústias e sentimentos de culpa. Este ambiente comportou dois graves riscos:
 
- a tentativa frustrada de manter o sexo longe da vida religiosa;
 
- a sexualidade referida só ao nível biológico-genital (cf. ibid., 462-463).
Significado humano da sexualidade (elementos antropológicos): cf. Ibid.., 465-476; Id., Elementos de Antropologia..., p.202-212.
A sexualidade é uma dimensão presente sempre na totalidade da existência humana.
O ser humano tem a capacidade de configurar humanamente, isto é, livremente, a sua sexualidade.
 
A sexualidade orienta para a criação de um novo "nós".
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O desafio da amizade homem-mulher fora do casamento. A realidade da sexualidade difusa.
A sexualidade no Brasil: o "eu conquisto", sujeito dominador também na relação erótica. Os resultados desumanizadores da coisificação da mulher na relação sexual. Como poderá ela orientar os filhos para uma vivência humanizadora da sexualidade? O auto-erotismo a serviço da manutenção do "status quo". Como será possível uma libertação integral quando é desumana a vivência da sexualidade?
 
Será que é humanizadora a chamada "revolução sexual" ?
 
Importância antropológica da institucionalização da relação homem-mulher. Dimensão social da sexualidade.
 
Ambiguidade da sexualidade: o seu caráter enigmático e misterioso. Relação entre desejo sexual e violência. A rivalidade. O controle social da sexualidae. (cf. Id., Evangelização e maturidade afetiva, p. 102 ss.).
 
Sexualidade humanizadora: aceitação do próprio limite; aceitação da diferença; rejeição da violência.
 
Sexualidade: importância das experiências da primeira infância.
 
- Necessidade de abandonar a segurança morna do indistinto, da identificação com a mãe. Necessidade da palavra que nomeia a criança, que afirma que ela é alguém, distinta dos pais.
 
- Que a criança saiba aceitar que ela não é a origem de si própria. A origem e o fundamento está na palavra de união dos pais.
 
- Que a criança saiba aceitar o próprio limite: ela não é tudo. Esta aceitação possibilita a abertura dialógica ao outro ser humano bem como a aliança amorosa entre homem e mulher.
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Sexualidade: perspectivas bíblicas
 
A sexualidade é uma realidae boa criada e abençoada por Deus.
 
A dupla finalidade da sexualidade: e o encontro homem-mulher na reciprocidade e a procriação.
Sexualidade: benção e fecundidade ou perversão e morte.
 
O amor entre o homem e a mulher como símbolo do amor entre Deus e o povo. A sexualidade na perspectiva do Reino de Deus. Jesus: 
superação da dependência infantil do pai. Jesus e a libertação da mulher. Possibilidade do celibato e da virgindade a serviço do Reino de Deus. 
 
A relação homem-mulher como símbolo da relação entre Cristo e a Igreja. Relação entre a imagem que o ser humano faz de Deus e o modo como vive a sexualidade.
 
- Imagem de um Deus violento e ciumento: as proibições provocam revolta no ser humano. Violência e coisificação do outro na relação sexual. Imagem de um Deus do diálogo e da alteridade: aceitação do próprio limite e abertura agradecida ao ser sexuado do outro, reconhecido e valorizado como outro.
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Sexualidade: articulação entre "eros", "filia" e "agape". A subjetividade fechada é uma realidade em todos nós. Mas, somos chamados a desenvolver a subjetividade aberta, a vivência da alteridade, também no domínio da sexualidade, tanto na opção matrimonial quanto na celibatária.
 
Subjetividade aberta nas relações sociais políticas e econômicas. Subjetividade aberta nas relações com o meio ambiente.