Seguindo todas as regras das nossas instituições

27/10/2018 10:25

No twitter Bolsnaro defendeu propriedade privada e "obediência à Constituição"

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Em uma sequência de três postagens publicadas no Twitter na manhã deste sábado (27), uma delas contendo uma foto em família, o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) defendeu o direito à propriedade privada e a “obediência à Constituição”.

“A forma de mudarmos o Brasil será através da defesa das leis e da obediência à Constituição, Assim, NOVAMENTE, ressaltamos que faremos tudo na forma da Lei! Qualquer forma de diferenciação entre os brasileiros não pode ser admitida. Todo cidadão terá seus direitos preservados”, afirmou.

Sobre propriedade privada, Bolsonaro argumentou que este é o nome dado aos “frutos materiais” de nossas escolhas, “quando gerados de forma honesta em uma economia de livre iniciativa”. “Seu celular, sua terra são os frutos de seu trabalho e de suas escolhas! São sagrados e não podem ser roubados, invadidos, expropriados!”

Regina Duarte

A atriz Regina Duarte, uma das personalidades que apoiam Bolsonaro, defendeu o candidato em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na qual afirmou que a fama de machista, racista e homofóbico seria nada mais que resultado de um humor ultrapassado, coisa de “homem dos anos 1950”.

Segundo Regina, que aumentou sua popularidade nas redes sociais ao assumir seu voto em Bolsonaro, a decisão em apoiá-lo não foi instantânea. “Eu estava ‘no armário’, e meu filho mais novo começou a me contestar: já que sempre fui uma pessoa democrática, aberta, justa, como eu podia me fechar no conceito de que Bolsonaro é bruto, tosco, ignorante, violento”, conta sobre suas primeiras impressões em relação ao presidenciável, reforçando que não queria “votar no emissário da raiva”.

“Mas, quando conheci o Bolsonaro pessoalmente, encontrei um cara doce, um homem dos anos 1950, como meu pai, e que faz brincadeiras homofóbicas, mas é da boca pra fora, um jeito masculino que vem desde Monteiro Lobato, que chamava o brasileiro de preguiçoso e que dizia que lugar de negro é na cozinha”, diz.

A atriz conta que planejava, até então, votar em Geraldo Alckmin (PSDB) ou João Amoêdo (Novo), mas sua reflexão sobre os erros e omissões do PSDB a fizeram mudar de ideia. “Foi quando notei o tamanho da adesão desse País ao Bolsonaro e pensei: eu sou esse país, eu sou a namoradinha desse País.”

Regina ainda defende a ideia de que os vídeos que circulam na internet, mostrando um Bolsonaro agressivo, são edições montadas que mostram apenas a reação dele a uma provocação, que resultam numa leitura do homem “tosco e bruto”, que na verdade seria apenas “brincalhão, machão”.

“Acredito que 80% dessas reações eram brincadeiras dele: você manda uma porrada e ele devolve outra. O homem com quem conversei durante 65 minutos quer chegar lá democraticamente, seguindo todas as regras das nossas instituições.