Sindicato em defesa dos jornalistas processados

28/12/2017 18:49
Sindicato sai em defesa dos jornalistas processados por promotor de justiça
 
Promotor acusa profissionais de juízo de valor
 
Da Redação do Portal AZ
 
O Sindicato dos Jornalistas do Piauí (Sindjor-PI) emitiu nota em defesa dos jornalistas que estão sendo processados pelo promotor de justiça Francisco Raulino Neto. O membro do Ministério Público acusa os jornalistas de fazerem juízo de valor a respeito do pedido (dele) pelo arquivamento do inquerito policial contra o médico Felizardo Batista, acusado de assediar pacientes durante as consultas.
 
Segundo o sindicato, “os três jornalistas produziram matérias informativas, sem emitir opinião, e procuraram ouvir todos os envolvidos no caso, como determina o Código de Ética do Jornalismo Brasileiro. É assim que se faz o bom jornalismo”.
 
Em nota, o presidente do Sindijor, José Olimpio Leite de Castro, ressalta  que “se alguém emitiu juízo de valor sobre o caso envolvendo o médico Felizardo Batista foi a delegada Carla Brizzi, que se manifestou contrária ao pedido de arquivamento do processo e acusou o promotor Francisco Raulino Neto de não ouvir uma testemunha-chave no processo”.
Confira a nota na íntegra
José Olímpio Leite de Castro (Foto: Portal AZ)
Em defesa da liberdade de imprensa
 
Embora não prosperem nos tribunais superiores, os processos contra jornalistas são recorrentes nos tribunais estaduais. É uma forma de intimidar o profissional de comunicação e impedir o livre exercício da profissão.
 
Impedir o jornalista de trabalhar representa um atentado à liberdade de imprensa e, em consequência, um atentado à própria democracia, pois se tenta negar à sociedade o sagrado direito à informação.
 
As três mais recentes vítimas da intolerância, aqui no Piauí, foram os jornalistas Nayara Felizardo, do Portalodia.com, e Renayra de Sá, do Portal Az, e Lucas Pereira, do portal Teresinadiário.com e da TV Antena 10. Eles estão sendo processados pelo promotor Francisco Raulino pelo simples fato de terem feito matérias dando conta do pedido de arquivamento do processo contra o médico Felizardo Batista, acusado de molestar pacientes durante as consultas.
 
Os três jornalistas produziram matérias informativas, sem emitir opinião, e procuraram ouvir todos os envolvidos no caso, como determina o Código de Ética do Jornalismo Brasileiro. É assim que se faz o bom jornalismo.
 
Se alguém emitiu juízo de valor sobre o caso envolvendo o médico Felizardo Batista foi a delegada Carla Brizzi, que se manifestou contrária ao pedido de arquivamento do processo e acusou o promotor Francisco Raulino Neto de não ouvir uma testemunha-chave no processo.
 
O promotor, procurado pela reportagem dos três portais, se recusou a dar a sua versão dos fatos alegando que não fala sobre processo ainda em andamento.
 
Feitos esses esclarecimentos, a diretoria do Sindjor-PI manifesta aqui o seu mais veemente repúdio contra a decisão do promotor Francisco Raulino Neto de processar os jornalistas, que não fizeram mais que cumprir a nobre missão de manter a sociedade bem informada.
 
A assessoria jurídica do Sindicato vai acompanhar de perto esse caso e fazer um relato à Fenaj e às entidades nacionais e internacionais de defesa da liberdade de imprensa.
 
A Diretoria