Temer permite uso de até R$ 15 bilhões do FGTS

04/01/2018 18:27
Temer sanciona lei que permite uso de até R$ 15 bilhões do FGTS pela Caixa
Michel Temer durante caminhada nesta manhã, no Jaburu
Michel Temer durante caminhada no Jaburu
 
Jornal do Brasil Agência Brasil
 
O presidente Michel Temer sancionou nesta quinta-feira (4), sem vetos, a lei que permite a capitalização da Caixa Econômica Federal em até R$ 15 bilhões com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
 
O projeto, agora convertido em lei, foi aprovado no Congresso Nacional em dezembro e autoriza o Conselho Curador do FGTS a realizar contratos com a Caixa na forma de instrumentos híbridos de capital e dívida. Os contratos serão feitos por meio de resolução do conselho.
 
Sem o recurso, o banco poderia ter que reduzir a concessão de crédito. O objetivo é atender às normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) para que a Caixa continue liberando crédito para operações imobiliárias ao público de baixa renda, sobretudo para o Programa Minha Casa, Minha Vida.
De acordo com o projeto aprovado no Congresso, a aplicação de recursos do FGTS fica autorizada até o dia 31 de dezembro de 2018.
 
A sanção ocorreu no gabinete do presidente Temer com a presença do presidente da Caixa, Gilberto Occhi, e dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco.
 
"Recuperadíssimo"
 
Na manhã desta quinta-feira (4), Temer fez uma caminhada na residência oficial do Palácio do Jaburu e, ao ser questionado por jornalistas sobre sua saúde, afirmou que está “recuperadíssimo”. “Perfeito, recuperadíssimo, graças a Deus”, disse o presidente. Um dos assessores do presidente havia avisado à imprensa, na noite de quarta-feira, que ele pretendia fazer o passeio matinal e que poderia ser fotografado e filmado durante a atividade.
 
De camiseta e calça de ginástica, Temer saiu para caminhar às 8h20. “Deus ajuda a quem cedo madruga”, afirmou. Ao ser perguntado sobre o futuro do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, após o pedido de demissão de Marcos Pereira, Temer afirmou que ainda não escolheu o substituto.
 
Temer ficou por duas semanas com uma sonda na uretra por conta de uma cirurgia feita no dia 13 de dezembro. A sonda foi retirada no sábado (30), após a constatação da infecção. Segundo informações da Folha de S. Paulo, Temer manterá, pelos próximos dois ou três meses, sessões semanais para a dilatação da uretra (em ambulatório ou em casa) como forma de reduzir o risco de novas obstruções do canal condutor da urina.