Venda da Petrobras argentina vai parar na Lava Jato

28/07/2017 07:24
28 DE JULHO DE 2017
VENDA DA PETROBRAS ARGENTINA VAI PARAR NA LAVA JATO
Após a prisão de Aldemir Bendine, chama atenção na Lava Jato a venda da Petrobras Argentina a preço de banana, em 13 de maio de 2016, dia seguinte ao impeachment de Dilma, quando ele presidia a Petrobras. A Pampa Energia, de Marcelo Mindlin, levou 30 blocos exploratórios, quase 300 postos, e parte de térmica, hidrelétrica e petroquímicas, por apenas US$897 milhões em “negociação exclusiva”.
   
PREJUÍZO BILIONÁRIO
A Justiça Federal do Rio de Janeiro acatou em outubro ação popular para apurar o prejuízo à Petrobras, estimado em R$ 3,2 bilhões.
   
AUDIÊNCIA PÚBLICA
A Câmara dos Deputados marcou para 16 de agosto audiência pública para discutir a venda suspeitíssima da Petrobras Argentina.
   
ARGENTINA INVESTIGA
A Pampa Energia foi alvo, em maio, de busca e apreensão por ordem da Justiça argentina, que também investiga a venda dos ativos.
   
O COMPRADOR
Marcelo Mindlin, da Pampa, é muito ligado a Cristina Kirchner, ex-presidente argentina muito amiga de Dilma Rousseff.
   
GANHAVA BEM, MAS PARECIA VICIADO EM PROPINA
A propina exigida da Odebrecht por Aldemir Bendine era falta de vergonha misturada com ganância. Ele recebia R$62,4 mil do Banco do Brasil, como aposentado, e mais R$ 123 mil para presidir a Petrobras, mas decidiu cobrar propina da empreiteira antes mesmo de assumir o cargo. Após sair do comando da petroleira, o ambicioso Bendine ainda levou mais R$ 750 mil pela infame quarentena. Esse valor equivale a seis meses de salário do cargo ocupado durante o governo Dilma.
   
TESTEMUNHAS NÃO FALTAM
Vários executivos delataram os achaques de Bendine, e até um ex-motorista, que revelou a rotina de leva-e-traz de malas de dinheiro.
   
PRISÃO ESPERADA
A prisão Aldemir Bendine era uma das mais sólidas certezas, no âmbito da Lava Jato, em razão do estilo agressivo, no submundo de Brasília.
   
DILMA ERA FÃ
Quando o escolheu para presidir a Petrobras, a então presidente Dilma o anunciou como uma espécie de “salvação”. Quase quebrou a estatal.
   
A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM
Ex-diretor da Funasa no governo do PT, Ruy Barreira reassumiu a direção de Engenharia e tem tudo para virar presidente. Pelo menos é o que ele próprio espalha, segundo servidores da instituição.
   
EFEITOS DA CRISE
Segundo o ranking dos mais ricos da América Latina, no “Top 100 Billionaires 2017” da revista Latin Trade, o dono de O Boticário, Miguel Krigsner, teria perdido 25% (um quarto!) de sua fortuna no último ano.
   
APESAR DA CRISE
A lista dos bilionários da Latin Trade destaca a recuperação de fortunas como a de Maria Helena Scriptilliti, uma das controladoras do grupo Votorantim, que triplicou de US$1,1 bilhão, para US$3,9 bilhões.
   
O QUE UNE LULA E SOCRATES
Reportagem da correspondente do site Diário do Poder em Portugal, Silvia Caetano, lembrou que após o lançamento de um livro do então primeiro ministro português José Socrates, que seria preso por corrupção, Lula foi com ele a uma festa patrocinada... pela Odebrecht.
   
EDUCAÇÃO MANDA BEM
Apesar da rejeição que chega a 70%, segundo a pesquisa Ibope/CNI, o governo Temer tem a melhor aprovação na área de Educação, onde 22% dos entrevistados avaliam como positiva a atuação do governo.
   
RUIM PARA O GOVERNO
A decisão do governo de aumentar impostos impactou na pesquisa Ibope/CNI: em geral, 87% dos entrevistados desaprovam as medidas de Michel Temer e sua equipe econômica.
   
MAMATA CONTINUA
Ministros da Camex adiaram por 1 mês a decisão de cancelar ou não imposto 0% para importar etanol podre dos Estados Unidos. A mamata foi obtida no governo Dilma pelo lobby das distribuidoras, inclusive americanas, que controlam o negócio de combustíveis no Brasil.
   
LICITAÇÃO É DETALHE
A Câmara dos Deputados volta ao trabalho semana que vem, após o recesso, e a gastar sem licitação. Só no primeiro semestre foram mais de R$104 milhões de dispensas, inexigibilidades e convites.
   
PENSANDO BEM...
...a popularidade de Michel Temer no Congresso não precisa ser alta, basta ser maior que a da oposição.
 
 
Fonte: Diário do Poder